O Clube de Engenharia (CEP) considera importante, oportuna e manifesta seu apoio à exploração de petróleo na margem equatorial, que envolve os estados do Pará, Amapá, Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte.
A discussão no governo federal e na imprensa brasileira joga luz em dois sérios problemas nesse e em temas similares para o desenvolvimento desses estados das regiões Norte e Nordeste.
Primeiramente, a ausência de autoridades e instituições regionais nas tomadas de decisão sobre a exploração de petróleo na margem equatorial. Nota-se com facilidade que a abordagem discutida em diversos veículos de comunicação se preocupa apenas em ouvir autoridades de Brasília e do Sudeste, excluindo os técnicos e pesquisadores que aqui vivem e melhor conhecem as particularidades da região.
Isso nos leva a um outro problema que precisa, urgentemente, ser resolvido: a visão periferica de autoridades que estão distantes da realidade da Amazônia. Somos a favor da sua preservação, e é exatamente por isso que também defendemos o uso racional dos seus recursos.
Nos anima o sucesso já obtido por países vizinhos, já que a exploração do petróleo aumenta expressivamente o PIB, como é o caso da Guiana e o Suriname, que vem ensejando elevadas taxas de crescimento, podendo se confirmar também na Guiana Francesa.
Nos tempos atuais, óleo e gás são indispensáveis para qualquer nação que busque protagonismo na transição energética que vive o mundo. No cenário atual, as reservas brasileiras de óleo e gás nos garantem produção por pouco mais de uma década, o que acarreta em severas dificuldades para o país pensar o futuro da segurança energética e o desenvolvimento nacional.
O Brasil tem a Petrobras, empresa que tem grande parte do conhecimento técnico-científico para explorar e elevar o patamar do país na área. Sabendo da importância para o futuro do Brasil, qual o motivo para impedir o desenvolvimento regional?
Neste cenário de polêmicas e posições pouco explicadas, o CEP fica à disposição para enriquecer o debate, pois as soluções precisam ser tecnicamente adequadas, ambientalmente seguras e economicamente viáveis.
Reiteramos também nossa posição favorável à exploração da margem equatorial, por acreditar ser essa uma das saídas para o desenvolvimento da Amazônia. Nossa região não pode mais ficar à mercê de decisões unilaterais que afetam exclusivamente a nossa população.
André Tavares
Presidente do Clube de Engenharia